Como era de se esperar, tombou o Brasil. Até jogou bem no primeiro tempo, mas teve lá suas panes no segundo e caiu diante das donas da casa. Com isso, está fora das quartas de final pela primeira vez em duas décadas e agora luta pelo nono lugar – ou para não repetir o 12º de 1975, nosso pior resultado da história em Mundiais. Obviamente não foi só contra as tchecas que a seleção perdeu o rumo. Foi contra as coreanas, na derrota que não podia ter acontecido. Foi contra as espanholas, que a gente costumava bater até pouco tempo atrás. Foi nas vitórias nada honrosas sobre Mali e Japão. A posição final no torneio, cá entre nós, pouco me importa. A pergunta que grita no ouvido da confederação é simples e curta:
E agora?
Bem, agora vamos renovar o elenco, né. À força, na marra, porque não tem outro jeito. Alessandra (36 anos) e Helen (37), infelizmente, não são eternas. O trabalho que deveria ter sido feito aos poucos será feito aos trancos. O próprio Mundial, aliás, podia ter sido usado para dar rodagem a outras meninas, como aconteceu com Damiris, de 17 anos, que aproveitou muito bem a oportunidade. Nádia Colhado teve o problema no tornozelo, uma pena, mas a armadora Tássia podia ter ido. Além de Helen, Adrianinha tem 31 anos. Quando é que a gente vai preparar novas armadoras? Não faria mal nenhum levar a talentosa garota no lugar de uma Palmira, uma Kelly ou uma Fernanda Beling, que mal apareceram na República Tcheca.
Após décadas de descaso com a base no feminino, a confederação que se vire agora para arrumar novas peças. Vai ser duro. Mas antes disso, Hortência tem uma questão mais urgente a resolver: Carlos Colinas continua? O saldo do técnico espanhol após o torneio não é nada bom. E se parecia claro desde o início que o trabalho era de curto prazo, o que será que vão fazer com ele agora?
Por Rodrigo Alves.
Fonte: globoesporte.globo.com
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