segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Secretário afirma que presidente do Conselho de Alimentação Escolar se equivocou ao criticar qualidade da merenda



Foto - Thonny Hill (arquivo).
Em participação na manhã desta segunda-feira (17) o Secretário de Educação de Santa Cruz do Capibaribe, Joselito Pedro, falou sobre a denúncia levantada pela Presidente do Conselho de Alimentação Escolar, Elieudes Bezerra.

A denúncia foi trazida pelo blog na última sexta-feira (14) em que Elieudes relatou que diversos problemas estariam acontecendo no município no tocante a qualidade da merenda servida aos alunos da rede municipal.

Elieudes pontuou problemas como a improvisação no cardápio por falta de alimentos que não chegariam no prazo certo, uma suposta dívida da prefeitura com a empresa fornecedora (que seria de Recife) e que escolas com mais alunos estariam recebendo quantidades de alimentos iguais ao que escolas menores recebem, o que seria incompatível para suas realidades.

Confira o que disse o secretário:

Falta de determinados alimentos no cardápio


Durante a entrevista, o secretário afirmou que o problema da falta de determinados tipos de alimentos aconteceu apenas no final do primeiro semestre e nas duas primeiras semanas de aulas, mas que a merenda não deixou de ser servida.

“Uma ou duas vezes isso aconteceu, mas foram casos isolados. A merenda está sendo servida e o cardápio está sendo seguido. Passei em três escolas e uma dessas escolas foi a que a professora Elieudes trabalha, conversei com a merendeira, analisei o cardápio…O cardápio de hoje era biscoito salgado, biscoito doce e achocolatado. Durante essa semana e a outra, a merenda está totalmente garantida e, inclusive, vou passar nas demais escolas. Eu não vejo que essa realidade… Disso que Elieudes falou, seja uma realidade das escolas, de forma nenhuma.” – disse.


O secretário citou que faltavam alguns acordos para serem fechados com a empresa fornecedora, dando a entender que o assunto já foi solucionado. Ele completou que as escolas municipais estão abertas a fiscalização popular, aos vereadores de oposição e situação e que sempre está em contato com a Central de Abastecimento para que não falte a merenda e disse que está aberto ao diálogo com o Conselho de Alimentação Escolar.

“Não vou me contrapor a professora Elieudes. Ela tem todo o meu respeito, mas a merenda escolar é uma preocupação da gestão de Edson Vieira e minha enquanto secretário de Educação. Sou um secretário que estou nas escolas, estou acompanhando.” – frisou, completando que ela se equivocou em suas denúncias.


Suposta dívida com a empresa fornecedora


Questionado se haveria uma dívida com a empresa no pagamento da contrapartida da prefeitura quanto aos alimentos (já que 70% é pago pelo Governo Federal e 30% pela prefeitura), além de que informações de que os valores dessa suposta dívida seriam negados para o Conselho, o secretário respondeu que Elieudes sabia dessa dívida e que a contrapartida que estaria sendo paga pelo município seria quase o dobro.

“Para se ter uma ideia, no mês de junho, veio R$ 80 mil para a merenda escolar. O pedido que fizemos era, para mantermos as escolas, foi de R$ 172 mil. A contrapartida da prefeitura foi praticamente o dobro. Quando ela diz que não sabe o valor da dívida, ela sabe porque dissemos a ela. Inclusive ela foi na empresa em Recife juntamente com a professora Luciene (Cordeiro – representante do sindicato dos professores municipais) e lá na própria empresa foi dito que existia uma dívida. A gente pega o repasse, imediatamente fazemos o pagamento e vamos cobrindo as notas que tem. Ela sabe desse valor.” – pontuou.


Freezers nos cadeados e supostos erros na proporção dos alimentos distribuídos


Sobre erros na proporção dos alimentos distribuídos, o secretário afirmou que tais dificuldades aconteceram nas primeiras semanas de falta as aulas, mas que depois os problemas foram solucionados.

“Seria uma irresponsabilidade tremenda uma escola que tem 800 alunos eu mandar a mesma quantidade de charque, de verduras, que eu mando para uma escola que tem 100 alunos. Seria caracterizado uma falta de organização que não existe, de preocupação que não reflete a Secretaria Municipal de Educação. A professora foi infeliz quando colocou que essa situação seria do cotidiano e não é!” – pontuou.


Já sobre os cadeados em freezers, o secretário citou que , no momento que as professoras fizeram a visita, os freezers estavam fechados porque os responsáveis pela distribuição estavam fazendo visitas na zona rural e que o local, mas que o problema seria resolvido em visitas futuras.

O áudio completo da entrevista está disponível no blog, mais precisamente na matéria sobre o resumo do programa Rádio Debate.

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